Esses dias atrás, a Vanessa escreveu um post em seu blog (Dogs, Friends & Fun) sobre o IMCA, um Mundial de Agility para cães SRD e mixes. Na verdade, uma resposta a FCI, que exige que os cães tenham pedigree para competir. Fiquei pensando bastante sobre a questão da importância desse documento...
Nunca entendi direito esse negócio de pedigree. Sempre tive cães Sem Raça Definida. O mais próximo de um cão de raça que eu tive foi uma Pastor Alemão, a Vicky, que também não tinha pedigree. Aliás, meus pais sempre me ensinaram o princípio da adoção. Pra que comprar um cão, com tantos para serem adotados nas ruas?
Hoje, sei pra que este documento serve: é a única garantia de que o cão seja mesmo de determinada raça. E é também uma forma de (tentar) garantir a posse consciente. Um cão sem pedigree é um cão sem nenhuma garantia quanto à procedência, temperamento, ou algum problema genético, como a tal displasia coxofemural. Mas será que isso basta? Não entendo muito de comportamento canino, mas acredito que seja possível corrigir maus hábitos dos cães, como agressividade, essas coisas, independente da raça.
Minhas cadelinhas SRD sempre foram muito dóceis, e viveram por muitos anos. Aliás, a única de “raça”, Vicky, que deveria defender a casa, ser um autêntico cão de guarda era a mais boboca de todas. Estava muito mais para um Golden do que para um Pastor Alemão...
Minha Cacau é SRD, daquelas beeeeeeem SRD... A Bella é um Golden sem pedigree. Só a Malu tem o tal documento. Comprei a Malu porque me apaixonei por ela, independente de ter um atestado de ascendência pura. Isso, de alguma forma, diminui o potencial delas? Ou o carinho e o amor que eu devo sentir? Ou a forma como devem ser tratadas, a qualidade da ração que devam comer? NÃO!! Muito pelo contrário. Elas são cachorrinhas como tantas outras que vejo por aí, dentro e fora do Agility. Cadelinhas que, ainda bem, encontraram um lar, uma casa onde elas são tratadas muito bem, com muito carinho, mas também com regras. Como todo cão deve ser tratado. Não é o pedigree que as faz especiais. O que as torna especiais é simplesmente... serem elas!!
Deveria ser para isso...um atestado de procedência, de saúde, mas infelizmente não tem nada disso...qualquer criador meia-boca tira pedigree, não existe controle nenhum, não exigem nada...está cheio de cão displásico ganhando concurso de beleza e tendo filhotes a rodo.
ResponderExcluirPara os "leigos" é status...A CBKC só serve para ganhar dinheiro mesmo! ;P Até no mercado livre você compra pedigree hoje em dia. Não existe controle da ninhada, nasce 3 você comunica que foram 10 e fica por isso mesmo. Na Europa tem alguns países que só liberam o pedigree com o cão adulto, depois de testes e tals..o que é mais correto. Em alguns locais BC midi não pega pedigree por exemplo.
Parece que a FCI pede pedigree para evitar que o povo saia cruzando cães para agility (por exemplo mestiçar BC com Sheltie). Meio nada a ver...=P
Para mim é ridículo. Amo meus dogs pelo que eles são! E a CBKC só vai ter o meu respeito o dia em que cobrar laudos de saúde dos cães. Mas isso ia detonar o plantel brasileiro..então nunca vai acontecer.
Viva os SRDs! /o/ *me empolguei, né?*
Amei seu post, concordo com tudo. =D Tanto o q. vc escreveu quando a Marcela.
ResponderExcluirMeu esquema é igual ao seu. Tenho sete SRDs, três de raça, sendo só a Hope e a Sauza com pedigrees.
A Larah compramos de um canil sem o pedigree. Conclusão, displásica e não é pouco, não. Mas não me arrependo pq qnd ela me viu, de toda a ninhada, foi a ÚNICA q veio correndo pra mim, toda feliz! Me lambeu, veio no meu colo. E se caísse nas mãos erradas, ou já teriam cruzado ela, ou a colocado na rua.
Hope é pq o Rafa é fã de Boxer e na época não pintou nenhum filhote ser doado. E para entrar no sítio, tem que ser filhote.
Sauza... Bem, ela 'tava lá, toda linda, cheia de personalidade. Eu queria a experiência de ter um Border e foi ela.
Mas, meu próximo cão? Se vier a ter um dia? SRD, SEM sombra de dúvida!! =)
Muito cão aí precisando de lar!! No que depender de mim... =)
Meninas, é por aí que eu quis falar, mesmo...
ResponderExcluirPra mim, não tem essa, como muita gente fala, de cuidar mais ou menos do cão pq ele não tem pedigree... O cãozinho tem que ser amado e, acima de tudo, respeitado por ser um animalzinho, e não somente por ter um documento que ateste sua procedência... Afinal, eu PAGUEI por ele, aí tenho que cuidar direito, se não é dinheiro jogado fora...
Mas não tenho absolutamente nada contra cães com pedigree. Só contra pessoas que não valorizam os cães que não tem...
Concordo totalmente com a Marcela... O dia em que o controle for real, aí, sim a gente pode falar em pedigree...
Camila, ameu o post!
ResponderExcluirQuando pegamos o Edgar, nos perguntaram se queríamos COM ou SEM o documento, pode? Nós rimos e só levamos para casa mesmo porque eu jamais devolveria o filhotinho que já estava no meu colo para aquele canil. Ele tem prognatismo superior ("dentuço") e é claramente um mix de teckel com SRD. Já a Jô é "vira-lata" misturadíssima e nossa gata também, as duas adotadas.
Também não entendo como alguém pode fazer distinção entre qualquer animal, SRD ou "de raça", e tratá-los de forma diferente. Como se pode se sentir menos responsável por uma animal porque ele não tem o tal documento? Por outro lado, imagino como deve ser difícil para o criador sério, que ama a raça que desenvolve, ter seu trabalho reconhecido no Brasil. É caro, é desgastante e a maioria das pessoas acha que dá lucro. Daí aparecem esses vários cães (só para ficar no universo canino) com pedigree apresentando doenças, desvios de comportamentos e temperamento totalmente não característicos da raça.
De qualquer forma, cada animal é único mesmo e eu acho que descobrir aos poucos seu temperamento (como as dificuldades dele também) é o que nos faz gostar tanto de cada um.